quinta-feira, 8 de junho de 2023

Instagram é acusado de conectar "vasta rede de pedofilia"

 

A denúncia é de um relatório do Wall Street Journal
A plataforma de mídia social Instagram foi acusada de ajudar a facilitar conexões entre uma "vasta rede de pedófilos", de acordo com um relatório do The Wall Street Journal e pesquisadores acadêmicos.

O Journal, ao lado de pesquisadores da Universidade de Stanford e da Universidade de Massachusetts Amherst, relatou que o Instagram permitia e promovia contas que abertamente compravam e encomendavam "conteúdo de sexo com menores".

"O Instagram conecta pedófilos e os direciona para vendedores de conteúdo por meio de sistemas de recomendação que se destacam em conectar aqueles que compartilham interesses de nicho, descobriram o Journal e os pesquisadores acadêmicos", informou o veículo. "Os pesquisadores descobriram que o Instagram permitia que as pessoas pesquisassem hashtags explícitas como #pedowhore e #preteensex e as conectava a contas que usavam os termos para anunciar material de sexo infantil à venda."

As contas postariam "menus" que ofereciam conteúdo impróprio, incluindo "imagens do menor realizando atos sexuais com animais", de acordo com pesquisadores do Stanford Internet Observatory. Outros "menus" supostamente ofereciam vídeos de crianças se machucando ou "encontros" com crianças.

"A exploração infantil é um crime horrível", disse a Meta, empresa controladora do Instagram. "Estamos continuamente investigando maneiras de defender ativamente contra esse comportamento."

O gigante das mídias sociais acrescentou que havia removido 27 redes de pedófilos e teria eliminado as hashtags usadas por pedófilos em resposta ao relatório do Journal. O Instagram também teria tomado outras medidas para limitar o alcance do conteúdo abusivo.

De acordo com o Journal, o Stanford Internet Observatory identificou 405 contas que vendiam material de sexo infantil "autogerado", contas que alegavam ser operadas por crianças.

Os pesquisadores de Stanford também descobriram que havia menos material de sexo infantil no Twitter do que no Instagram. O material no Twitter também foi removido mais rapidamente, segundo os pesquisadores de Stanford.

"O problema do Instagram se resume aos recursos de descoberta de conteúdo, as formas como os tópicos são recomendados e o quanto a plataforma depende de busca e links entre contas", disse David Thiel, o tecnólogo-chefe do Stanford Internet Observatory. "Você precisa colocar barreiras de proteção para algo que cresce intensivamente e ainda seja nominalmente seguro, e o Instagram não fez isso."

Em um caso, um ativista disse que o Instagram respondeu a um relatório de uma postagem de uma menina jovem com uma legenda sexualmente gráfica que a postagem não violava as diretrizes da plataforma. O ativista também recebeu uma mensagem automatizada ao denunciar uma postagem com a legenda "Esta adolescente está pronta para vocês, pervertidos", informou o Journal.

Um pesquisador descreveu o Instagram como uma "rampa de acesso" para o mundo do material sexual explícito infantil.

"O Instagram é uma rampa de acesso para lugares na internet onde há mais abuso sexual infantil explícito", disse Brian Levine, diretor do UMass Rescue

Lab.

O relatório provocou uma grande resposta, incluindo do representante republicano da Carolina do Norte, Dan Bishop, que pediu que o FBI tomasse providências.

"Onde está o [FBI]? Não deveriam crimes hediondos como este ser sua maior prioridade? Ou eles estão ocupados demais classificando pais preocupados como extremistas domésticos para derrubar o martelo sobre esses criminosos desprezíveis?" Bishop twittou.

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Comento (Paulo Figueiredo Filho):
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Que horror. Que horror. Que horror. No entanto, conteúdo conservador é banido com uma eficiência impressionante. A rede perdeu o pudor em esconder qualquer coisa associada de direita. Mas, pedofilia, corre solta...


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