quinta-feira, 2 de outubro de 2025

VIDA NO CAMPO SEPARA AS FAMÍLIAS?

Nunca conheci um casal que tenha se divorciado por causa da mensagem de vida no campo. Mas, claro, devem existir casos em que isso pesou no fim da relação. Entretanto, não acredito que a separação tenha ocorrido exclusivamente por causa da ida para o campo. É bem possível que muitos outros princípios tenham pesado para uma decisão tão drástica, tais como:

1. Educação dos filhos. Via de regra, o cônjuge acomodado com a vida urbana está plenamente satisfeito com a escolarização dos moldes jesuítas que o mundo oferece (redes confessionais não fogem à regra). Por outro lado, pais que estão convictos de que devem ir para o campo muitas vezes anseiam por livrar os filhos da convivência deletéria dos colegas de escola, e querem lhes oferecer a verdadeira educação.

2. Reforma de saúde. Vida no campo e vegetarianismo e outros princípios de saúde andam juntos, e muitas vezes o cônjuge satisfeito com a vida na cidade não partilha dessas mesmas convicções.

3. Consumismo. Muitas vezes, quem quer permanecer na cidade é porque está apegado aos bens, bons empregos, shoppings centers, etc. O cônjuge que opta por uma vida mais simples, no campo, frequentemente está numa linha oposta.

4. Modéstia cristã. Nem vou me alongar, creio que não é necessário.

5. Diversões. Apego a redes sociais, jogos de futebol, etc. acaba por ser mais comum por parte daqueles que têm uma mentalidade urbana.

6. Falta de engajamento na missão. Uma vez que o nosso chamado para o campo tem um claro objetivo missionário ("Viver no campo e evangelizar as cidades" é o título do último panfleto que compartilhamos aqui), o cônjuge que quer ficar na cidade normalmente não tem o mesmo fervor missionário, para ser gentil.

7. Visão escatológica. Queremos viver no campo porque entendemos que se aproxima uma crise sem precedentes na história. Porém, aqueles que estão bem no sistema nos enxergam como fundamentalistas. Temos visto que, infelizmente, muitos pastores têm reforçado esse estereótipo.

Outros pontos poderiam ser mencionados, mas esses aí são suficientes. Destaco que não é uma regra geral: vida no campo não significa, necessariamente, santificação, e nem assegura a salvação. Há cristãos exemplares vivendo nas cidades, e alguns assim permanecerão até o fim, mas em circunstâncias cada vez mais difíceis, como Ellen G. White explica em 23LtMs, Ms 85, 1908, par. 12. Um dos objetivos do nosso grupo é também orar por aqueles que ainda não aceitaram a mensagem de vida no campo! Oremos por todos, e principalmente pelas famílias que estão divididas quanto a isso!

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

JOSIAS RASGA AS VESTES

 

"Também Safã, o escrivão, fez saber ao rei, dizendo: O sacerdote Hilquias me deu um livro. E Safã o leu diante do rei.

Sucedeu, pois, que, ouvindo o rei as palavras do livro da lei, rasgou as suas vestes.

E o rei mandou a Hilquias, o sacerdote, a Aicão, filho de Safã, a Acbor, filho de Micaías, a Safã o escrivão e a Asaías, o servo do rei, dizendo:

Ide, e consultai o Senhor por mim, pelo povo e por todo o Judá, acerca das palavras deste livro que se achou; porque grande é o furor do Senhor, que se acendeu contra nós; porquanto nossos pais não deram ouvidos às palavras deste livro, para fazerem conforme tudo quanto acerca de nós está escrito."

2 Reis 22:10-13 (ACF)

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

O BANQUETE DE BELSAZAR

Em seu orgulho e arrogância, com um temerário senso de segurança, Belsazar “deu um grande banquete a mil dos seus grandes, e bebeu vinho na presença dos mil”. Todas as atrações que a riqueza e o poder podem proporcionar, acrescentavam esplendor à cena. Belas mulheres com seus encantos estavam entre os hóspedes em atendimento ao banquete real. Homens de talento e educação estavam presentes. Príncipes e estadistas bebiam vinho como água, e se aviltaram sob sua enlouquecedora influência. A razão destronada pela despudorada intoxicação, os mais baixos impulsos e paixões agora em ascendência, o rei em pessoa tomou a dianteira na desbragada orgia. — Profetas e Reis, 523. Te 48.2

No próprio momento em que o festim se achava no apogeu, uma lívida mão apareceu, e traçou na parede do salão de banquete a condenação do rei e de seu reino. “Mene, Mene, Tequel, Parsim”, foram as palavras escritas, e foram interpretadas por Daniel como significando: “Pesado foste na balança, e foste achado em falta. ... Dividido foi o teu reino, e deu-se aos medos e aos persas.” E diz-nos o registro: “Naquela mesma noite foi morto Belsazar, rei dos caldeus. E Dario, o medo, ocupou o reino.” Te 49.1

Mal pensava Belsazar que um Observador invisível contemplava sua orgia idólatra. Nada, porém, há dito ou feito que não seja registrado nos livros do Céu. Os caracteres místicos traçados pela pálida mão testificam de que Deus é testemunha de tudo quanto fazemos, e que é desonrado pelos desregrados banquetes. Nada podemos ocultar a Deus. Não podemos escapar de nossa responsabilidade para com Ele. Estejamos onde estivermos e façamos o que fizermos, somos responsáveis para com Aquele a quem pertencemos pela criação e pela redenção. — Manuscrito 50, 1893. Te 49.2

terça-feira, 2 de setembro de 2025

PAPADO x ISLÃ

 

Como o papado é a besta e é o Rei do Norte, então o outro poder deve ter uma relação de ponto/contraponto com ele. Analisemos os opostos e os complementares para ver se isso funciona:

  1. O papado surgiu de dentro de Roma. O Islã se expandiu pelo território austral do Império Romano, e a Roma papal dominava a parte setentrional.
  2. Daniel disse que o chifre pequeno, o papado, desarraigaria três chifres, e o fez — os hérulos, os vândalos e os ostrogodos. O Islã conquistou três regiões: o Norte da África, o Oriente Médio e a Turquia.
  3. Ambos poderes têm um "homem à frente" — um, o papa, e o outro, Maomé, e mais tarde um califa. Pergunte a um membro da igreja católica romana: "Quem é o homem à frente da sua igreja?" Ele dirá: "O papa". Pergunte então a um muçulmano: "Quem é o homem à frente do seu movimento?" E ele responderá: "Maomé". Depois de Maomé, o islamismo frequentemente teve um califa, o líder de um califado. Houve um califado árabe até a época das Cruzadas, depois o califado otomano ou turco. No dia 29 de junho de 2014, foi proclamado o Califado do Daesh.
  4. Os dois poderes seriam "diversos", ou diferentes, dos poderes anteriores. Ambos mudam de ser um poder político para ser um poder religioso. A Roma pagã era política, enquanto a Roma papal era política e religiosa. O Egito, sob os Ptolomeus, era político. Mas o Islã é, ao mesmo tempo, vigorosamente político e religioso. O mundo antigo não separava os governos em esferas religiosas e políticas. O líder costumava ser o sacerdote principal da religião nacional. Mas a Roma papal e o islamismo enfatizaram os aspectos religiosos muito mais do que os governos antigos. Eles se concentraram principalmente na conquista religiosa.
  5. Eles são caracterizados por "falar grandes coisas", ou blasfêmias. O termo anticristo também é aplicável. O termo grego traduzido como "anticristo" significa "no lugar de Cristo" ou "contra Cristo". O papado alega governar no lugar de Cristo. O Islã nega a divindade de Cristo.
  6. Eles "destruiriam os santos". Durante as Cruzadas e a Inquisição, o papado assassinou muçulmanos, judeus e cristãos que não acreditavam como eles. O Islã assassinou cristãos, judeus e muçulmanos que não acreditavam como eles, embora às vezes ambos pudessem ser muito tolerantes (como aconteceu especialmente na Espanha islâmica).
  7. A eles "o dragão deu... o seu trono", ou a capital do Império Romano. O Império Romano tinha duas capitais. O imperador Constantino mudou a capital da cidade de Roma para Constantinopla. Após ser abandonada, a cidade de Roma tornou-se o centro do poder papal. A partir de 1453, Constantinopla foi rebatizada como Istambul, a capital do Califado Turco Otomano. Isso durou vários séculos. O papado recebeu uma capital do Império Romano e o Islã recebeu a outra.

quarta-feira, 30 de julho de 2025

A Apostasia Ômega


"O inimigo das almas tem procurado introduzir a suposição de que uma grande reforma devia efetuar-se entre os adventistas do sétimo dia, e que essa reforma consistiria em renunciar às doutrinas que se erguem como pilares de nossa fé, e empenhar-se num processo de reorganização. Se tal reforma se efetuasse, qual seria o resultado? Seriam rejeitados os princípios da verdade, que Deus em Sua sabedoria concedeu à igreja remanescente. Nossa religião seria alterada. Os princípios fundamentais que têm sustido a obra neste últimos cinquenta anos, seriam tidos na conta de erros. Estabelecer-se-ia uma nova organização. Escrever-se-iam livros de ordem diferente. Introduzir-se-ia um sistema de filosofia intelectual. Os  fundadores deste sistema iriam às cidades, realizando uma obra maravilhosa. O sábado seria, naturalmente, menosprezado, como também o Deus que o criou. Coisa alguma se permitiria opor-se ao novo movimento. Ensinariam os líderes ser a virtude melhor do que o vício, mas, removido Deus, colocariam sua confiança no poder humano, o qual, sem Deus, nada vale. Seus alicerces se fundariam na areia, e os vendavais e tempestades derribariam a estrutura." Ellen G. White, ME1 204.2