terça-feira, 21 de maio de 2024

CONTRAFAÇÕES SATÂNICAS DA VERDADE PRESENTE

 

1842 – movimento pré-pentecostal, com Philemon Steward liderando a seita dos tremedores. Ele ia diariamente a um monte onde, segundo o que afirmava, recebia a visita de um anjo que lhe trazia revelações consideradas dom de profecia.

1843 – John Nelson Darby introduziu o arrebatamento secreto em sua teoria acerca da segunda vinda de Jesus, o "dispensacionalismo".  

1844 – Joseph Smith Jr., fundador de A Igreja de Jesus Cristos dos Santos dos Últimos Dias, é assassinado (27 de junho). Na sequência, ocorre o movimento migratório dos mórmons de Illinois para o estado de Utah. Ainda em 1844, deu-se difusão ao Livro de Mórmon, publicado em 1830 por Joseph Smith, na pretensão de espírito de profecia e com valor normativo, para eles, igual ao da Bíblia.

- Em agosto, Karl Marx e Friedrich Engels se encontraram em Paris, iniciando uma parceria que estabeleceria o marxismo, uma ideologia materialista e revolucionária que anuncia um paraíso sobre a Terra.

- Em outubro, Robert Chambers lançou de forma anônima a obra Vestiges of the Natural History of Creation, propondo uma teoria natural de evolução cósmica e biológica.

1846 – movimento da santificação consumada. Membros praticavam o magnetismo; caíam em êxtase, não trabalhavam e diziam estar preparados para a trasladação.

- No dia 19 de setembro, duas crianças pastoras francesas, Mélanie Calvat e Maximin Giraud, vivenciam uma suposta aparição mariana no topo de uma montanha perto de La Salette, na França, agora conhecida como Nossa Senhora de La Salette.

1848 – o espiritismo moderno nasce em Hydesville, Nova Iorque, no lar da família Fox, colocando em xeque a verdade bíblica da imortalidade condicional, e impondo um sistema totalmente antibíblico de salvação.

1850 – movimento dos selados na Nova Inglaterra – as pessoas não poderiam pecar ainda que o quisessem.

1853 – começa em Michigan o movimento separatista conhecido como Partido Mensageiro; pouco depois se liga à Defecção da Era Porvir de Wisconsin; de curta duração.

1855 – movimento da falsa humildade – crentes rastejam como animais, mesmo nas ruas, até a igreja.

1858 – surge, também em Michigan, o partido dissidente A Esperança de Israel, logo desfeito, deixando alguns remanescentes que, em 1866, se uniram ao Partido Marion, de Iowa, formado por dois administradores da Associação local que se opuseram fortemente à organização da Igreja. O Partido Marion se tornou conhecido como Igreja de Deus (Adventista), um ramo que, em 1933, deu origem à Igreja de Deus (Sétimo Dia).

1858 e 1863 – o dom de línguas é explorado extravagantemente no leste dos Estados Unidos.

1859 – Charles Robert Darwin (1809-1882) propõe a teoria da evolução, em franco conflito com o pensamento criacionista, colocando em xeque a verdade bíblica do sábado. O primeiro resumo da teoria foi escrito em 1842, e ampliado no verão de 1844.

1887 – Dudley Marvin Canright abandona a Igreja, em desacordo com alguns dos ensinos dela, incluindo o do santuário. Em 1889, ele publicou Seventh-day Adventism Renounced, onde explica as razões de sua atitude e alinha argumentos contra o pensamento adventista.

1888 – o legalismo quase rechaça o tema da justificação pela fé na Assembleia de Minneápolis.

1893 – Ana Phillips, de Battle Creek, alega receber visões autênticas, mas, felizmente, logo se deixou dissuadir por um testemunho de Ellen G. White.

1900 – heresia da carne santa adotada por um grupo de Indiana – assumiam o perfeccionismo de que Cristo, na agonia do Getsêmani, fora ali revestido de carne imaculada, semelhante à de Adão antes da queda, e de que o crente deveria buscar a mesma experiência. Partidários da ideia criam que a pessoa, uma vez reavivada pelo Espírito Santo, não mais pecaria nem viria a morrer. Aqui ficava evidenciado que o perfeccionismo, manifestado desde o princípio, estaria sempre perseguindo a Igreja; mais recentemente, Robert D. Brinsmead encabeçou o movimento “chamado ao santuário”, considerado “uma versão mais refinada da heresia da carne santa”.

1902 – o panteísmo do Dr. John Harvey Kellogg, com a adesão de Ellet J. Waggoner, um dos campeões da justificação pela fé na Assembleia de Minneápolis, alguns médicos e outros pastores. O movimento em torno do assunto começara antes de findar o século.

1905 – defecção de Albion Fox Ballenger, contrariando a doutrina do santuário celestial conforme sustentada pela Igreja, controvérsia que reapareceria mais tarde com William W. Fletcher, Louis R. Conradi, E. B. Jones, e, mais recentemente, Desmond Ford.

1914 – Primeira Grande Guerra, o problema na Alemanha – um grupo se separa da Igreja, dando origem aos chamados reformistas. A Igreja Adventista do Sétimo Dia é acusada de ser Babilônia, ideia propagada desde 1893 nos Estados Unidos. 

1916 – Margarida Rowen alega ser a sucessora de Ellen G. White (que falecera em 16 de julho de 1915), e cria a Reforma Adventista do Sétimo Dia Rowenita. De lá para cá, não tem faltado quem assim alegue. Mais recentemente, Jeanine Sautron, da França, impôs-se, criando o movimento do Remanescente, com representação em várias partes do mundo, inclusive no Brasil; mas o movimento feneceu tão logo a “profetisa” veio a falecer.

1929 – Victor T. Houteff, adventista de Los Angeles, cria o movimento A Vara do Pastor, especificamente objetivando uma convocação para a reforma e formação dos 144 mil. Em 1935, ele e seu grupo se transferiram para Waco, Texas, e criaram, numa fazenda local, o Centro Monte Carmelo, onde pretendiam reunir os 144 mil e prepará-los para a trasladação, não para o Céu, mas para a Palestina, onde formariam, em regime de teocracia, o novo reino de Davi. Daí coordenariam a conclusão da obra de pregação do evangelho no mundo para que Cristo pudesse retornar. Mas por ocasião da morte de Houteff em 1955, reuniam-se em Monte Carmelo apenas 125 seguidores. Finalmente, um outro ex-adventista, o texano Vernon Hoell, que passou a se identificar como David Koresh, reorganizou o movimento, agora com o nome Adventistas do Sétimo Dia – Ramo Davidiano. O movimento, com forte sabor apocalíptico, prosseguiu até o trágico desfecho de 19 de abril de 1993, quando mais de 90 pessoas morreram carbonizadas, pressionadas por um cerco policial que já durava vinte dias. De fato, quando pessoas se lançam numa obra para a qual Deus não as chamou, mas imaginam que precisam “reformar” a Igreja, ignorando, todavia, como Deus a tem conduzido e continuará a conduzir, é difícil prever até onde o inimigo as levará, e que triste fim as aguarda. E o pior de tudo é que o nome “adventistas do sétimo dia” estava lá, para ser veiculado negativamente nos noticiários mundiais.

Década de 1980 – Tem início no seio do adventismo o movimento antitrinitário moderno, fundamentado no pressuposto de que a Igreja Adventista do Sétimo Dia apostatou por vir a crer na Trindade, e reclamando, destarte, um retorno, como alegam seus partidários, à crença dos pioneiros. Originário dos Estados Unidos, o movimento, qual onda avassaladora, praticamente se alastrou por todo o mundo.

RAMOS, José Carlos. "O Ômega da Apostasia: À imagem e semelhante do Alfa". Parousia, 1º semestre de 2006, p. 120-122.

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